terça-feira, 20 de agosto de 2013

Por incrível que pareça, dinheiro para formação de atletas olímpicos não falta. O problema é outro: a politicagem

É um troço que se contar em outro país vão dizer que é piada. Um empurra-empurra do governo federal e a Confederação Brasileira de Clubes impede que R$ 100 milhões provenientes da Nova Lei Pelé possam ser usados para a formação de atletas olímpicos pelos clubes tradicionais. É o que informa matéria do UOL da segunda-feira.

Os clubes divulgaram recentemente um manifesto afirmando que não reconhecem a atual diretoria da CBC e pediram providências ao Ministério do Esporte.

Em entrevista ao blog, Alexandre Póvoa, vice-presidente de esportes olímpicos, revelou preocupação com o fato de, agora com o dinheiro depositado, vários clubes sem nenhum histórico de formação de atletas olímpicos aparecerem para fazer parte do bolo de divisão.

"O nosso atual risco é que surgiram na última hora um monte de clubes pequenos e oportunistas, que nunca formaram "nem um jogador de bola de gude", querendo uma parte do bolo. A CBC, pasme, já conta com 130 clubes (cabe ressaltar que somente quem tem as certidões negativas poderá receber os recursos). Os verdadeiros clubes formadores estão formando um grupo para ir ao Ministro do Esporte para denunciar a questão. Estamos preocupados."

O vice-presidente do Fluminense Ricardo Martins relatou que a nova diretoria da Confederação Brasileira de Clubes alterou os critérios, colocando a entidade também como recebedora do dinheiro que está depositado na conta:

"Nossas opiniões sobre critérios foram completamente desconsiderados passando o incentivo a ser distribuído para quaisquer clubes e a Instituições Educacionais , deturpando absolutamente o objetivo inicial que era apoiar efetivamente os clubes que realmente investem na formação de atletas".

Dinheiro para investimento daqueles que realmente formam atletas já tem, o esporte olímpico do Brasil só não precisa de politicagem barata para agradar a todos, deixando esvaziar-se pelo ralo uma receita preciosa para 2016:
"Queremos que todos tenham acesso ao dinheiro, mas que seja considerada a relevância de cada um, e não qualquer clube sem condições propor projetos que não vão levar a lugar nenhum só para angariar um pouco da verba", afirmou Póvoa à matéria do UOL.

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